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Moradores atingidos há um ano por ciclone extratropical em Caraá aguardam por casas definitivas

Município foi atingido por fenômeno em junho de 2023, e deixou quarenta famílias sem casas. Prefeitura afirma que já tem terreno para novas moradias, mas ai...

Moradores atingidos há um ano por ciclone extratropical em Caraá aguardam por casas definitivas
Moradores atingidos há um ano por ciclone extratropical em Caraá aguardam por casas definitivas (Foto: Reprodução)

Município foi atingido por fenômeno em junho de 2023, e deixou quarenta famílias sem casas. Prefeitura afirma que já tem terreno para novas moradias, mas ainda não há prazo para ocupação. Um ano depois, moradores esperam por casas provisórias em Caraá Moradores de Caraá, cidade a cerca de 90 km de Porto Alegre, aguardam há pouco mais de um ano por uma solução definitiva após terem perdido suas casas na passagem de um ciclone extratropical. A cidade foi a mais afetada pelo fenômeno, que matou cinco pessoas no ano passado. Quarenta famílias que tiveram suas casas destruídas aguardam a construção de casas populares ou o pagamento de auxílio para atingidos. Enquanto aguardam a casa definitiva, estão abrigados em casas de amigos ou parentes, ou pagam aluguel do próprio bolso. Veja abaixo relatos de moradores. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A prefeitura do município afirma que já encontrou um terreno onde podem ser construídas casas para as famílias. No entanto, diz que a aquisição está em fase de regularização e não estimou um prazo para a entrega das residências. Relembre: 16 pessoas morreram após o ciclone em junho do ano passado Outro beneficio que segue em tramitação para os moradores é o aluguel social. O recurso, que precisa ser aprovado na Câmara de Vereadores, prevê um auxílio de R$ 500 para cada família durante seis meses. O valor tem com objetivo ajudar na locação temporária de imóveis para as famílias morarem. Carro vai parar em cemitério de Caraá após passagem de ciclone extratropical pelo RS Reprodução/RBS TV 'Entrou água pela janela' A cidade, localizada entre as regiões da Serra e do Litoral Norte, foi atingida por duas enchentes em razão da sua posição geográfica: está em um vale. A lembrança dos eventos climáticos é muito viva para a agricultora Elenira da Silveira. Naquele dia, há um ano, ela precisou sair de casa correndo da água que invadia o imóvel. "Pois entrou água pela janela, né? E os móveis eu perdi quase tudo, só ficou o que era de madeira dentro de casa. E as coisas, foi tudo botado fora. Daí, a gente tá trabalhando e conseguindo colocar de novo dentro de casa. Ainda não deu para recuperar tudo. Ainda tem alguma coisa pra comprar, pra colocar dentro de casa", conta Elenira. Cidade de Caraá trabalha para se recuperar após enchentes em 2023 RBS TV/Reprodução "A gente tem uma esperança. Porque o prefeito falou que já está em negociação com o terreno [onde a casa deve ser construída]. Ele gostaria de deixar pronto até o final do mandato dele. Mas a gente só tem promessas, né? A gente não tem nada concreto. Mas a gente continua acreditando que vai dar certo", afirma a assistente social Angela Quaresma. Cidade de Caraá trabalha para se recuperar após enchentes em 2023 RBS TV/Reprodução Infraestrutura comprometida A prefeitura de Caraá ainda trabalha na reconstrução do que foi destruído durante as enchentes. De acordo com a Defesa Civil Municipal, mais de 40 pontes e a maior parte da estradas foram recuperadas – mas muita coisa ainda está danificada. Além disso, a cidade convive com eventos climáticos extremos. "Em relação, por exemplo, à nossa estrutura viária, estradas e meios de transporte, ainda está tudo muito deteriorado. Muito disso, muitos desses eventos [climáticos] são recorrentes, acontecem em consequência daquele primeiro. Os rios, os arroios, ainda estão completamente assoreados. Eles não têm uma calha bem formada, não têm profundidade, então, a água, toda a água que cai da chuva hoje, praticamente, sobe para o nível das estradas. Não há vazão suficiente nos rios para conduzirem essas águas para as áreas mais baixas. Isso tudo representa um problema e um custo muito grande", diz Augusto Borges, coordenador da Defesa Civil. VÍDEOS: Tudo sobre o RS